segunda-feira, 16 de maio de 2011

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Influenza sazonal

A influenza humana sazonal (gripe) é uma doença viral aguda do trato respiratório,1 que ocorre nos meses mais frios em países de clima temperado, e ao longo de todo o ano, com um ou dois picos de incidência, em países de clima tropical e subtropical.2
A doença é causada pelo Myxovirus influenzae, que pertence à família Orthomyxoviridae e possui três tipos antigênicos distintos A, B e C.1 Apenas os vírus do tipo A e B causam influenza sazonal e epidêmica, com risco doença grave, enquanto o vírus C está associado a sintomas de resfriado comum, sobretudo em crianças.2
A distribuição da influenza humana é mundial, com transmissibilidade elevada ocorrendo através das secreções nasofaríngeas1 e através do contato com superfícies contaminadas.2 Entre os sintomas mais comuns da doença, incluem-se:
  • Febre, frequentemente alta e de início súbito;1,3
  • Fadiga;3
  • Mialgia;3
  • Artralgia;4
  • Cefaleia frontal;4
  • Tosse seca persistente;4
  • Conjuntivite e/ou fotofobia;4
  • Sintomas gastrintestinais, incluindo náuseas, vômitos e diarreia.3
Em casos raros, pode ocorrer envolvimento do sistema nervoso central, com manifestações graves, incluindo convulsões, coma e psicose.5
A Tabela 1 lista os principais sintomas diferencias entre a influenza e o resfriado comum.
Tabela 1. Principais sintomas diferencias entre a influenza e o resfriado comum
Tabela 1. Principais sintomas diferencias entre a influenza e o resfriado comum.  Adaptado da referência 4.
A influenza é considerada um importante problema de saúde pública, com impacto socioeconômico relevante,1,6 sendo uma das principais causas de absenteísmo e perda de produtividade em países desenvolvidos.6
A doença está ainda associada à sobrecarga de atendimentos em clínicas e hospitais durante os períodos de pico de incidência.6 Entre crianças com 5 anos de idade, a influenza é causa comum de visita aos serviços de emergência.7 Internação hospitalar em consequência de influenza sazonal é um evento relativamente frequente, como mostra a Figura 1.
Figura 1. Taxas de hospitalização por influenza sazonal nos Estados Unidos, conforme a faixa etária e o período de observação.
Figura 1. Taxas de hospitalização por influenza sazonal nos Estados Unidos, conforme a faixa etária e o período de observação.8
Adaptado da referência 8.
 Complicações requerendo assistência médica urgente podem se desenvolver como efeito direto da infecção pelo vírus influenza, resultando em internação hospitalar e óbito, sobretudo entre os pacientes de maior risco.7 Essas complicações incluem:
  • Desidratação;
  • Otite e sinusite;
  • Pneumonia bacteriana;
  • Agravamento de doenças pré-existentes, como insuficiência cardíaca, asma e diabetes.3 
Em todo o mundo, a Organização Mundial de Saúde estima que 3 a 5 milhões de casos de influenza sazonal grave ocorram anualmente, com cerca de 250 a 500 mil mortes pela doença.6

Conjuntivite


A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva ocular, membrana transparente e fina que reveste a parte da frente do globo ocular (o branco dos olhos) e o interior das pálpebras. Pode atacar os dois olhos, durando de uma semana a quinze dias e não costuma deixar sequelas. Podem ser ocasionadas por fatores alérgicos, irritativos ou infecciosos e cada um deles necessita de tratamento específico. O olho torna-se vermelho, edematoso, lacrimejante, com sensação de corpo estranho, às vezes com secreção.A doença é relacionada aos hábitos de higiene dos indivíduos. Pode ocorrer também em animais.
Em 2011 ocorreu um grande surto de conjuntivite no Estado de São Paulo. Somente a cidade de São Paulo registrou mais de 119 mil casos no primeiro trimestre.

Infecciosa

A conjuntivite infecciosa é transmitida, mais freqüentemente, por vírus, fungos ou bactérias e pode ser contagiosa. O contágio se dá, nesse caso, pelo contato. Assim, estar em ambientes fechados com pessoas contaminadas, uso de objetos contaminados, contato direto com pessoas contaminadas ou até mesmo pela água da piscina são formas de se contrair a conjuntivite infecciosa. Quando ocorre uma epidemia de conjuntivite, pode-se dizer que é do tipo infecciosa.
A conjuntivite viral geralmente é causada por um adenovírus, mas também pode ser transmitida por enterovirus tipo 70 (conjuntivite hemorrágica) e coxsackie A4 (conjuntivite hemorrágica). É muito comum em escolas, local de trabalho, consultórios médicos, ou seja todo local fechado, com contato íntimo entre pessoas. O diagnóstico é realizado pelas características clínica. O tratamento consiste na utilização de compressas frias, vasoconstritor tópico e lágimas artificiais. A propagação do vírus dura até 14 dias após o início dos sintomas.
A conjuntivite bacteriana caracteriza-se por ser purulenta. Geralmente são causadas por Streptococcus pneumoniae, Staphylococcus aureus e Haemophilus influenzae. Estes tipos são tratados com antibióticos tópicos de expectro ampliado (cloranfenicol, neomicina, etc).
Um tipo, chamada de conjuntivite gonocócica, é causada por Neisseria gonorrhoeae que é sexualmente transmissível. Pode ser transmitida na hora do parto, mas é rara pois costuma-se aplicar uma gota de nitrato de prata 1% no saco conjuntival. É tratata com antibióticos sistêmicos e oculares.
A conjuntivite de inclusão é causada por Chlamydia trachomatis sorotipo D-K, pertencente ao trato genital do adulto. Possui uma duração maior e acomete geralmente jovens sexualmente ativos. Trata-se com azitromicina ou doxiciclina.
A conjuntivite fúngica é mais rara de ocorrer. Geralmente acontece quando uma pessoa é acidentada com madeira nos olhos ou utiliza lente de contato.

Alérgica

A conjuntivite alérgica é aquela que ocorre em pessoas predispostas a alergias (como quem tem rinite ou bronquite, por exemplo) e geralmente ocorre nos dois olhos. Esse tipo de conjuntivite não é contagiosa, apesar de que pode começar em um olho e depois se apresentar no outro. Pode ter períodos de melhoras e reincidências, sendo importante a descoberta da causa da conjuntivite alérgica.
É benigna por não envolver a córnea. Ocorre geralmente em regiões de clima mais frio. O alérgeno mais comum é o pólen. São tratadas com anti-histamínicos e estabilizadores de mastócitos.
A conjuntivite papilar gigante é causada, sobretudo, por uso de lentes de contato.

 Tóxica

A conjuntivite tóxica é causada por contato direto com algum agente tóxico, que pode ser algum colírio medicamentoso ou alguns produtos de limpeza, fumaça de cigarro e poluentes industriais. Alguns outros irritantes capazes de causar conjuntivite tóxica são poluição do ar, sabão, sabonetes, spray, maquiagens, cloro e tintas para cabelo. A pessoa com conjuntivite tóxica deve se afastar do agente causador e lavar os olhos com água abundante. Se a causa for medicamentosa é necessário a suspensão do uso, sempre seguindo uma orientação médica.

 Medidas de prevenção e controle

  • Lavar as mãos frequentemente;
  • Não enfiar a mão em locais sujos e depois no olho;
  • Evitar aglomerações ou frequentar piscinas de academias ou clubes e praias;
  • Lavar com frequência o rosto e as mãos, uma vez que estas são veículos importantes para a transmissão de microrganismos patogénicos;
  • Não coçar os olhos;
  • Aumentar a frequência com que troca as toalhas do banheiro e sabonete ou use toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos;
  • Trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise;
  • Não compartilhar o uso de esponjas, rímel, delineadores ou de qualquer outro produto de beleza;
  • Evitar contato direto com outras pessoas;
  • Não ficar em ambientes onde há bebês;
  • Não usar lentes de contato durante esse período;
  • Evitar banhos de sol;
  • Evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais.

 Tratamento

  • Para melhor poder diagnosticar a causa da conjuntivite, é de todo aconselhável a ida a um serviço de urgência oftalmológico, onde o médico poderá retirar uma amostra (através de zaragatoa) das secreções purulentas produzidas pelos olhos, que será analisada em nível bacteriológico, fungal e viral na tentativa de descobrir qual o agente causador da conjuntivite. A prescrição de antibióticos para conjuntivites virais não tem qualquer efetividade e é incorreta, visto que, vírus não podem ser mortos pela ação destes tipos de medicamentos.
  • É utilizado gaze e água filtrada ou mineral, ou ainda soro fisiológico, para limpar as casquinhas que se formam em volta do olho. Água boricada não é mais indicada pelos médicos para esse tipo de tratamento.
  • Não deve ser tocado com a superfície das embalagens no olho ou pálpebra quando da aplicação, para evitar a contaminação das soluções (colírios e pomadas);
  • No caso do agente causador, o médico poderá prescrever um tratamento com antibiótico (em caso de bactérias), antifungo (em caso de fungo) ou antiviral (em caso de vírus), que será diferente consoante o tipo e o grau de resistência do agente que causa a doença;
Imagens dos tipos de conjuntivite

Um olho, com conjuntivite aguda




Um olho com conjuntivite bacteriana

 
Conjuntivite gonocócica

 


Conjuntivite alérgica



terça-feira, 19 de abril de 2011

CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO

Calendário de Vacinação de Adulo e Idoso

Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Orientações importantes para a vacinação do adulto e idoso.

(1)  vacina hepatite B (recombinante): oferecer aos grupos vulneráveis não vacinados ou sem comprovação de vacinação anterior, a saber: Gestantes, após o primeiro trimestre de gestação; trabalhadores da saúde; bombeiros, policiais militares, civis e rodoviários; caminhoneiros, carcereiros de delegacia e de penitenciarias; coletores de lixo hospitalar e domiciliar; agentes funerários, comunicantes sexuais de pessoas portadoras de VHB; doadores de sangue; homens e mulheres que mantêm relações sexuais com pessoas do mesmo sexo (HSH e MSM); lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, (LGBT); pessoas reclusas (presídios, hospitais psiquiátricos, instituições de menores, forças armadas, dentre outras); manicures, pedicures e podólogos; populações de assentamentos e acampamentos; potenciais receptores de múltiplas transfusões de sangue ou politransfundido; profissionais do sexo/prostitutas; usuários de drogas injetáveis, inaláveis e pipadas; portadores de DST.
A vacina esta disponível nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) para as pessoas imunodeprimidas e portadores de deficiência imunogênica ou adquirida, conforme indicação médica.

(2)  vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto): Adultos e idosos não vacinados ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 (sessenta) dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, dez anos após a data da última dose. Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada a mais de cinco (5) anos. A mesma deve ser administrada no mínimo 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um acaso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema com três doses. Nos comunicantes com esquema incompleto de vacinação, este deve ser completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 anos, deve-se antecipar o reforço.


(3)  vacina febre amarela (atenuada): Indicada aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestantes e mulheres que estejam amamentando, nos casos de risco de contrair o vírus buscar orientação médica. A aplicação da vacina para pessoas a partir de 60 anos depende da avaliação do risco da doença e benefício da vacina.

(4)  vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: Administrar 1 (uma) dose em mulheres de 20 (vinte) a 49 (quarenta e nove) anos de idade e em homens de 20 (vinte) a 39 (trinta e nove) anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.

(5)  vacina influenza sazonal (fracionada, inativada): Oferecida anualmente durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso.

(6) vacina pneumocócica 23-valente (polissacarídica):  Administrar 1 (uma) dose durante a Campanha Nacional de Vacinação do Idoso, nos indivíduos de 60 anos e mais que vivem em instituições fechadas como: casas geriátricas, hospitais, asilos, casas de repouso, com apenas 1 (um) reforço 5 (cinco) anos após a dose inicial.

Vacinação de adolescentes

Nota: Mantida a nomenclatura do Programa Nacional de Imunização e inserida a nomenclatura segundo a Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 61 de 25 de agosto de 2008 – Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA

Orientações importantes para a vacinação do adolescente

(1)  vacina hepatite B (recombinante): Administrar em adolescentes não vacinados ou sem comprovante de vacinação anterior, seguindo o esquema de três doses (0, 1 e 6) com intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose e de seis meses entre a primeira e a terceira dose. Aqueles com esquema incompleto, completar o esquema. A vacina é indicada para gestantes não vacinadas e que apresentem sorologia negativa para o vírus da hepatite B a após o primeiro trimestre de gestação.

(2)
  vacina adsorvida difteria e tétano - dT (Dupla tipo adulto):
Adolescente sem vacinação anteriormente ou sem comprovação de três doses da vacina, seguir o esquema de três doses. O intervalo entre as doses é de 60 dias e no mínimo de 30 (trinta) dias. Os vacinados anteriormente com 3 (três) doses das vacinas DTP, DT ou dT, administrar reforço, a cada dez anos após a data da última dose.  Em caso de gravidez e ferimentos graves antecipar a dose de reforço sendo a última dose administrada há mais de 5 (cinco) anos. A mesma deve ser administrada pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Diante de um caso suspeito de difteria, avaliar a situação vacinal dos comunicantes. Para os não vacinados, iniciar esquema de três doses. Nos comunicantes com esquema de vacinação incompleto, este dever completado. Nos comunicantes vacinados que receberam a última dose há mais de 5 (cinco) anos, deve-se antecipar o reforço.

(3)  vacina febre amarela (atenuada): Indicada 1 (uma) dose  aos residentes ou viajantes para as seguintes áreas com recomendação da vacina: estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal e Minas Gerais e alguns municípios dos estados do Piauí, Bahia, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Para informações sobre os municípios destes estados, buscar as Unidades de Saúde dos mesmos. No momento da vacinação considerar a situação epidemiológica da doença. Para os viajantes que se deslocarem para os países em situação epidemiológica de risco, buscar informações sobre administração da vacina nas embaixadas dos respectivos países a que se destinam ou na Secretaria de Vigilância em Saúde do Estado.  Administrar a vacina 10 (dez) dias antes da data da viagem. Administrar dose de reforço, a cada dez anos após a data da última dose.
Precaução: A vacina é contra indicada para gestante e mulheres que estejam amamentando. Nestes casos buscar orientação médica do risco epidemiológico e da indicação da vacina. 

(4)  vacina sarampo, caxumba e rubéola – SCR: considerar vacinado o adolescente que comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose. O intervalo entre as doses é de 30 dias.